Como sabemos, morar com um animal de estimação nos traz ótimos benefícios. Eles não apenas nos proporcionam uma ótima companhia, mas também melhoram nosso humor, nosso relacionamento com os outros e reforçam nosso senso de responsabilidade. Alguns estudos também mostram que receber um cachorro em casa nos ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas.
Uma das investigações mais notáveis é a realizada por Centro Médico de Administração de Veteranos Michael E. DeBakey de Houston (EUA), publicado pela revista do American Heart Association em março de 2015. Para realizá-lo, foi analisado o estado físico de 5.200 proprietários de cães adultos, que se revelou 54% mais favorável naqueles que passeavam com seus animais em comparação com os que não o faziam.
Conclusões semelhantes foram obtidas pela revista O American Journal of Cardiology conduzindo seu próprio estudo. Segundo ele, a taxa de mortalidade de quem já sofreu um problema cardiovascular em algum momento da vida é multiplicada por quatro em comparação com quem não leva o cachorro para passear. Para obter esses dados, foram analisadas 424 pessoas.
Por outro lado, neste mês a Fundação Espanhola do Coração (FEC) aderiu publicamente a esta teoria após revisar alguns estudos que enfocam o assunto. Um deles é o publicado pela revista Circulação, que associava ter um cachorro como animal de estimação à manutenção de níveis adequados de pressão arterial e colesterol.
No entanto, todos esses dados não demonstram que haja uma relação direta de causa-efeito. Nas palavras de Vicente Arrarte, membro da Secção de Risco Vascular e Reabilitação Cardíaca da SEC, “Embora os estudos mostrem uma relação entre ter um cão e um melhor estado destes factores de risco cardiovascular, a relação causa-efeito não pode ser afirmada, embora o faça melhorar os hábitos de exercício de quem tem animal de estimação ”.